sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Saindo de Roma e voltando para Jerusalém

Não quero trazer aqui um compêndio teológico sobre a história da igreja, mas uma pequena observação sobre as diferentes épocas e que influências absorvemos durante ela.
Eu diria que a igreja tem 3 momentos: primeiro ela passa por Jerusalém, depois por Roma e chega aos nossos dias. A igreja de Jerusalém é aquela que lemos no livro de Atos, onde havia uma unção de multidões, milagres e um louvor que abalava os céus. A oferta era vista como uma semente e não como um ato religioso. Cada discípulo era um líder e cada casa uma igreja.
Sem entrar nos detalhes da história, com a morte de Jesus e de Seus discípulos, a igreja passa por profundas modificações. Como bem conhecemos, o poder político e financeiro do Império Romano da época, passou a dominar também a religião, em especial daquele povo que outrora servia a Deus com princípios puros, sem dogmas humanos. Depois essa mesma igreja vai passar por Roma, com todo o seu paganismo, depois pelos altares da Babilônia, Egito e entra nas fronteiras palestinas, saindo para a Grécia e depois em Roma. Depois de toda essa trajetória, o que vai mudar na igreja de Jerusalém?
Mesmo com a Reforma provocada por Lutero no século XVI, essa igreja sai do domínio de Roma, mas traz consigo paradigmas criados pelo clero romano, como a monopolização desse clero.
Já não havia mais a ideia de discípulos gerando discípulos. O poder agora se concentrava nas mãos de um sacerdócio papal.
A igreja trouxe consigo um pouco dessas características. A prova disso é a forma de discipulado onde nós, pastores, geramos uma igreja dependente, em quase tudo, do sacerdote. Os cristãos iam aos cultos, mas perderam a essência de ser um líder em potencial, de ganhar discípulos.
Quanto ao louvor, foi perdido o foco, onde os céus deveriam ser tocados. Assemelhava-se aos cânticos gregorianos. Há alguns anos a bateria e a guitarra eram instrumentos improváveis no altar na igreja, justamente pela ideia da falta de reverência provocada pela presença deles. Essa ideia vinha de Roma, que defendia o silêncio como símbolo dessa reverência. Esquecemos da Festa dos Tabernáculos em Jerusalém. Será que eles desrespeitavam a Deus com essa festa?
        Quanto aos templos, aprendemos a construí-los com tanto requinte e esquecemos que a igreja somos nós. Tudo fruto dos paradigmas romanos.
Nos nossos dias, vemos o quanto Deus é dinâmico e tem preparado algo especial para a igreja.
Na década de 50 a igreja havia se afastado dos princípios bíblicos. Porém, naquele tempo houve um grande mover do Espírito quanto à revelação da Palavra de Deus. Na década de 60, o batismo no Espírito Santo e a renovação. Nos anos 70, a cura divina. Nos anos 80, a adoração, quando surgiram as comunidades evangélicas. Na década de 90, as Batalhas Espirituais e cura interior. Os teólogos se perguntavam o que Deus faria na virada do século.
Hoje eu creio que sabemos o que está vindo sobre nós. Deus preparou a igreja durante todos esses anos para que ela pudesse receber o maior dos moveres, a maior colheita vista pela igreja.
 A Revista Veja º 1758 do dia 03 de julho de 2002, traz em sua capa a seguinte frase: “País mais católico do mundo está ficando cada vez mais evangélico”. Os evangélicos no Brasil crescem 2,5 mais rápidos do que a população na década de 80, e 4 vezes mais acima da taxa de crescimento populacional na década de 90. Se olharmos o que Deus está fazendo ficaremos boquiabertos, pois é impressionante. Em 1970, éramos 4,8 milhões. Nos anos 80, 7,9 milhões. E na década de 90 éramos 13,1 milhões. Hoje somos 35 milhões. Diz o IBGE que até em 2020 seremos mais da metade da população brasileira.
Deus está usando uma estratégia que é a Visão Celular no Governo dos 12. A Visão da Igreja em Células trouxe à igreja brasileira um crescimento explosivo, que trata do ganhar, do consolidar, treinar e enviar. Com isso rompemos com os paradigmas romanos que absorvemos. Voltamos a ensinar que cada discípulo é um líder, cumprindo assim a determinação de Jesus quando diz: “Ide e fazei discípulos de todas as nações”.
Creio que a Visão nos trouxe de volta a possibilidade de sonhar em ganhar as multidões para o Senhor e de pastorearmos discípulos mais fiéis, obedientes e não tendo mais o sentimento de ter o ministério como um fardo.
A Visão Celular trouxe um novo ânimo à igreja. Nos ensinou princípios esquecidos, como a Lei da Semeadura e o valor de uma adoração profética.
O modelo da Visão é o mesmo assumido por Jesus para cumprir Seu ministério. Ele formou uma equipe de 12 líderes, e é isso que fundamenta a Visão Celular. Tudo começa quando ganhamos e treinamos 12 pessoas, que posteriormente treinarão mais 12 e assim as gerações são conquistadas.
Aqui deixo um breve comentário sobre a história da igreja. Espero ter deixado algum ensinamento sobre a Visão, contribuindo com aqueles que desejam conhecer mais sobre a Visão Celular no Governo dos 12.

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